quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Solta e a sós

Frases soltas de assuntos soltos de pessoas soltas em um dia solto e só de uma pessoa solta e só:

“Não tem essa de irreverência! Irreverência faz a gente perder a credibilidade!” (Credibilidade?! Kakakaka)

"Não existe gente mais idiota que o pessoalzinho de jornalismo!" (AEEEE! Um sábio solto!)

“Um defeito? A pressa!” (Pfff! Quem tem pressa come... mais que os outros! E que morra a falsa-modéstia!)

“Você tem até amanhã à tarde. Se não achar o bagulho eu vou cortar seu pescoço!” (Uma virtude? A pressa!)

“Ouça-me bem amor. Preste atenção o mundo é um moinho. Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho. Vai reduzir as ilusões a pó. Preste atenção, querida. Em cada amor tu herdarás só o cinismo. Quando notares estas à beira do abismo. Abismo que cavastes com teus pés”. (Cartola solto que me lembrou os Versos Íntimos (e soltos) de Augusto dos Anjos, poeta também solto)

O galego ranzinza diria: “Agora eu sei que a vida não é um jogo de palavras cruzadas onde tudo se encaixa”. E eu digo:

- O que será que ela quis dizer? Cinco letras começando com letra A.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Rôendo unhas!

Ele parece querer lutar, mas ainda não entende ao certo contra o que.

Ele parece rogar por força, mas não sabe de onde tirá-la e nem como usá-la.

Ele parece implorar por um sorriso no espelho impregnado de vermes, vírus e putrefação.

A barriga murcha e os ossos saltados pedem pelo amor de deus - que, aliás, ele nem sabe se existe – que algum alimento – para o corpo ou para a alma - seja limpo o suficiente pra ser digno da figura doce e franzina.

As mãos, sempre atentas, insistem em ficar levantadas para evitar o toque que vale uma morte.

A olheira faz o olho pesar.

E o olho pesa...

... e a alma pena.

Alma de menino ingênuo. Menino doce. Alma pura e linda. Pura, linda, doce e assustada. Já não sei mais se o mundo é limpo e ele se confundiu, ou se nós é que somos porcos e nos acostumamos com a fétida condição de sermos humanos. O desespero e aprisionamento em si mesmo é o preço que essa pura alma paga por ser tão sensível.

O olho pesa...

... a alma pena...

... o peito sente...

... a gente ama...

... ama...

... ama...

.. a palma assenta!

A paz regressa!