sexta-feira, 14 de março de 2008

Bigode cheirôôôôôso!!!

Eu tenho alergia à barba! Mas um(a) mal feito(a) muito me agrada! Além disso, o bigode robusto do simpático Belchior muito me interessa (“Eu não tô interessaaado em nenhuma tioria”)! Calma! Não tenho sonhos eróticos ou devaneios obscenos com o cearense e seu bigodão “cheiroooso” (como diria o amigo Calais)! Apenas um apreço como o de filha e pai. Alucinação!

(Belchior: o mais robusto dos bigodes)


A propósito, meu pai tinha bigode também! Não tão robusto quanto o do Belchior, mas certamente mais querido que o dele! Andei pensando, entre uma coçada e outra no meu queixo, que muitos bigodudos me agradam além do Belchior e do meu saudoso pai! Bigodes pra todos os gostos e estilos! A prova de que, mais que meros condomínios de ácaros, o aglomerado de pêlos ajudou a construir a imagem de muitos ícones:


Começo por Chaplin! Um bigode pequeno, mas que me parece, magicamente, singelo e subversivo ao mesmo tempo. Lembro-me que o primeiro bom (memorável!) texto que li na vida foi "O Úlimo Discurso" (do filme “O Grande Ditador”), que ficava estampado num quadro no quarto da minha madrinha pseudo-comunista. Na época eu nem imaginava o que era socialismo, nazismo e muito menos quem era a figura de chapéu coco, roupa desajeitada e bengala na mão que ilustrava o texto na parede. Mas por algum motivo, um dia resolvi - com o esforço que a recém-alfabetização me exigia - ler o discurso até o fim. Entendi pouca coisa (apenas o que as minhas unidades de primaveras me permitiam). Mas lembro que achei bonito. E decidi naquele dia que aquele cara de bigode engraçado seria um querido pra mim. E é!

(Chaplin e seu bigode em "O Grande Ditador)

Ainda na linha “discreto, mas intenso”, outro bigode pelo qual tenho muita estima e carinho é o do meu deus literário: Fernando Pessoa. Esse bigode tem o poder de me embargar a fala. Tudo vale a pena se o bigode não é pequeno! O dele é tamanho médio, mas a alma é extra-grande!

(Fernando Pessoa)

Não vale dar risada de mim agora. Mas, além do Chaplin, outro bigode também marcou minha infância! (Por algum motivo estou envergonhada de contar isso. Mas vamos lá!) Quem aí se lembra de Luis Fernando de La Vega? Sim! O marido da Maria do Bairro! O ator Fernando Colunga também visitou meu universo simbólico quando exibia um imponente bigodão na segunda fase da novela que é a “menina-dos-olhos” de Senor Abravanel. Algumas vezes eu sentia asco de ver o bigodão espinhento de Colunga roçando na cute delicada da Thalia. “Coitada!”, pensava.

(Fernando Colunga na pele do sedutor e bigodudo Luis Fernando De La Vega)

Além desses, tenho meu bigode-ídolo nacional também. Um bigode-camaleão. Às vezes aparece, às vezes não! De vez em quando com formas e tamanhos diferentes! De uma maneira ou de outra, ele sempre vem acompanhado de um barulho bom! (“Uma voz sublime, uma palavra sublime, um discurso subliminar”). Muito bom! Por esse eu tenho um carinho especial, confesso. Humberto Gessinger é concorrência desleal! Seu bigode se destaca pela versatilidade! A cada disco, há um bigode diferente latente! E o galego se supera sempre!

(Bigodes mil do vocalista da Engenheiros do Hawaii)


E para os esquerdinhas da vida não dizerem que tenho o pensamento fixado em preceitos de sociedade machista e patriarcal, mandarei meu bigode preferido, mas, agora, do sexo oposto a todos os outros citados até então! De todos é o mais charmoso e sedutor (Mais até que o do Sr. De La Vega, creio): Frida Kahlo! A mexicana faz juz à nacionalidade. Um bigode literalmente surreal! (Ou não!)

(Frida: "Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era. Nunca pintei meus sonhos. Pintei minha própria realidade)

Pra terminar, o ícone, o sábio, o grande filósofo e dono do bigode mais intenso e malandro (no bom sentido!) da história! Talvez este seja o mais real de todos os bigodes. Chego a pensar que o cabelo está para Sansão assim como o bigode está para o inigualável Seu Madruga! Sem dúvida minhas tardes ociosas, desde que me entendo por gente, não seriam as mesmas sem o bigodão rabugento do pai da Chiquinha! Salve Seu Madruga! SEMPRE!


(Que que foi? Que que foi? Que que há?)


Poderia ficar uma semana inteira postando sobre referências mundiais na temática do bigode. Mas a alergia me judia. Sadam, Freddie Mercury, Antônio Fagundes, Letícia Sabatella, Hitler, Nelsão e o divertido Leôncio, por enquanto, ficam de fora. E se me esqueci de algum que não poderia em hipótese alguma ficar de fora da lista, por favor, não me lancem praga pra que eu acorde amanhã com um “Quê” de Frida Kahlo! Já dizia o maior dos sábios bigodudos: “A vingança nunca é plena! Mata a alma e a envenena!”


E ainda:
"As pessoas boas devem amar seus inimigos. Mas amar os idiotas é quase impossível."


sexta-feira, 7 de março de 2008

Paraíso Perdido

“I use children as a metaphor for a lost paradise” - Loretta Lux

"Girl with crossed arms"


"The Red Ball" No. 1


"Girl with a Teddy Bear"


"Yanan"


"At the Window"


Bizarro? Melancólico? Doce? Perverso? Belo! A fotógrafa alemã, hoje radicada em Dublin, Loretta Lux parece conseguir o milagre de misturar esses elementos todos (a bizarrice, a melancolia, a doçura, a perversidade e a beleza) e obter um resultado extremamente harmônico, profundo, intenso e muito agradável aos olhos.

É certo que os PhotoShups e Corel Drops da vida são requisitados em alguns momentos. Mas quem se importa com isso?? (Eu não!) Principalmente sabendo que os planos de fundo, os cenários utilizados em cada fotografia, na maioria das vezes, são telas pintadas pela própria Loretta.

A maioria dos cliques da fotógrafa tem como alvo crianças de, no máximo, oito anos de idade. É uma abordagem inexplicavelmente complexa, com tudo que esses serezinhos possuem de mais ingênuo, cruel, engraçadinho e triste materializados em um único quadro. INCRÍVEL!

Então, fica a dica de "paraíso perdido": www.lorettalux.de