domingo, 27 de abril de 2008

Lolita!!!!!!!

Essa é uma história que um poeta chinês me contou. A história de Lolita repleta de frases exclamativas! A narrativa se passa no Brasil e Lolita não é chinesa como o poeta.

Lolita tinha medo (sempre muito medo)! O medo era dor! A dor corroía, destruía! Ela ria... ria... E chorou! Lolita era estranha (seu nariz parecia paçoca de botequim, cilíndrico). E Lolita nunca sabia se preferia o azul ao vermelho! Ela sempre preferiu tudo! Sempre foi exacerbadamente tolerante e sempre quis abraçar o mundo!

Um dia Lolita foi a uma roda de samba. E se jogou! Dançava como nunca! Suas pernas e quadril pareciam ter vida própria! Ela não sentia vergonha ou medo da rejeição! É que, na verdade, Lolita não sabia sambar!Nunca aprendera! Mas, naquele dia, sambara para si mesma! Pra satisfazer SUA sede (de samba)! E ela foi feliz! O moço do cavaquinho sorriu! Lolita gargalhou sem a menor discrição! Naquele dia, ela vestia vermelho! Mas no dia seguinte, já se rendia ao azul!

Lolita era realmente estranha! Ela gostava de bolo de chocolate com salame (além de ter nariz de paçoca de botequim)! Ela era simplória, mas muito exigente consigo e com as escolhas que nunca conseguia fazer!

Lolita assistiu à novela do Toin_da_Lua, Leu Dom Quixote e ouvia muito samba, claro! Um dia Lolita morreu! Não de congestão, de tanto dançar e nem de tristeza! Lolita morreu atropelada! Ela andava distraída (como sempre) com um sorvete de uva e um sachê de ketchup nas mãos, quando veio um carro velho em sua direção! E suas últimas palavras foram: “Ai! Ai, ai, ai! Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai! Em cima, embaixo, puxa e vai!” E gargalhou! E morreu!!!

(Essa é Lolita nas mãos do Macaco do irreverente amigo Alexandre Gabarra Marcati)