quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Recapitulando até o chão


Anfíbios e artrópodes são o grande terror da humanidade. Eles representam boa parte dos seres pertencentes ao grupo macabro dos animais que podem, sem insinuação prévia, pular em você e entrar no primeiro orifício do corpo humano que virem pela frente. Sempre pensei isso! O ideal de vida desses bichos é encontrar um buraco humano pra ir logo se metendo sem ser convidado. Sempre tive medo. Talvez por isso, durma com o travesseiro no ouvido com medo de algum desses monstros invadirem meu buraquinho auricular.

Mas isso foi só um Nariz-de-Cera! O lead é o seguinte: Lana Torres, na noite do réveillon, apesar de ter prometido, não abraçou a árvore.

É! E a culpa foi dos artrópodes e anfíbios! Mas é uma história longa que não vem ao caso. Vem ao caso dizer que, desde que 2009 invadiu abruptamente minha vida, tenho tido insônia, crises de desespero, preocupações, falta de internet, acidentes domésticos e muuuuitos, muuuitos textos que vivem apenas na efemeridade de minhas ideias (agora sem acento) tão abruptas e desorganizadas quanto a entrada do novo ano.

Eu queria, por exemplo, uma mea culpa aqui por conta da árvore, dos anfíbios e dos artrópodes. Queria ainda contar que conheci um índio. Um homem bom, mas com quem dividi uma experiência que minha inteligência não permite entender e tampouco explicar de forma clara e coerente. Acredite quem gostar da história: eu estava separada dele por exatos dezenove segundos no tempo. Nossos diálogos, nossos movimentos... Tudo muito estranho e inexplicável. Tanto que nem consigo lembrar claramente. Qualquer coisa, perguntem à plateia!

Plateia sem acento! Micro-ondas! Infraestrutura! Assembleia! Linguiça! Tranquilo! Era esta a outra efêmera ideia! Que diabos as pessoas pensam da vida?! Reforma ortográfica de cu é rola! Pára é diferente de para! Tem que meter o agudão no “A” sim senhor! E o chapeuzinho do voo???? Do veem, do creem, do leem... Tiraram todo o romantismo da coisa. Daqui a pouco tiram o chapeuzinho também do “vovô” e a ramoninha da “vovó”. Seria o fim! E, sabe do que mais? Na verdade, eu não me importo que virem e revirem a gramática. O lance é que não consigo ver sentido algum nisso. ALGUM! Por que? Este é o ponto. Ninguém me ofereceu uma justificativa plausível pra esse troca-troca todo. Padronizar o idioma entre os países onde se fala o português?! História pra boi dormir! Ouvi qualquer um resmungar isso por aí. Nem sei se é, de fato, a justificativa oficial que vem sendo dada. Aliás, nem procurei saber também. Restringi-me a aceitar das mãos da minha chefa uma apostilinha com as novas regras a seguir. E já dizia o dono da minha falecida admiração: “Errado é aquele que fala correto e não sabe o que diz”.

Digo mais: Fernanda Young até que é legal. Ao contrário de derrubar uma lasanha saindo do forno, estalando de quente na palma da mão. E FIK A DIK pra galere “Quando queimar, em hipótese alguma, passe Hipoglós”! Fui parar no Hospital das Clínicas! Tá, eu sei! Isso está no TOP 5 das coisas mais patéticas por que já passei nessa minha vidinha. Pior foi ouvir o médico perguntando se era bolonhesa ou quatro queijos! (Era quatro queijos!)

Sobre os últimos dias tenho a contar que fiquei sem internet, televisão e telefone por uma semana inteira. A NET pensou que eu era inadimplente. E EU NÃO ERA! Nunca se jogou tanto baralho, papo-fora e vídeo game nessa república. O balanço final acho que foi positivo. Mais divertido que isso só a próxima historinha: eu e minha chefa conversando pelo nextel. Ela, no dela, e eu, no da redação. Em resumo:

- Adê, ligou aqui um pessoal da Record de São Paulo do programa “Fala que eu te escuto”. Querem gravar uma “matéria” na Gold (balada aqui da cidade pra quem o escritório faz assessoria de imprensa). Achei suspeitas as intenções.

- Que programa é esse?

- Aquele do pastor.

(...)

- Eu já estou indo praí. Quando chegar, eu resolvo.

- Ok. Eu espero, então. Até!

E ela, surpreendentemente, manda um sonoro:

- BEIJOMELIGA!

- kakakakaka!



Então, é isso! 2009 chegou atropelando, rasgando! E olha que o carnaval ainda nem começou. Eu continuo com medo. Muito medo! Mas forte! E firme! E se alguma coisa der errado, acreditem! A culpa é dos artrópodes e anfíbios!



*Na foto, eu, a sorte e o que restou da minha queimadura... A da lasanha

9 comentários:

Unknown disse...

Como assim, insônia, crises de desespero? Como assim, um índio e estava separada dele por 19 segundos no tempo? Como assim, artrópodes entrando em orifícios (que safadeza)?
Cada um desses tópicos merece um post só pra ele, principalmente o do índio. Explica essa parada tenebrosa aí!

Unknown disse...

oie Lana
nossa, ainda não tinha lido seu blog..agora sei q tempo q perdi em não conhecer seus textos

gostei muito da parte da reforma ortográfica....está com o humor sarcástico a todo vapor!!

outras partes tb gostei: insetos buscando orificios... queimaduras.. etc etc

bom, assim q aprende roclocar indicação de blog, colocarei o seu lá no Fala Guri
bjos

Anônimo disse...

É que o som da Gold deve ser alto demais. Então, chama a turma do Fala que eu te escuto...

Tá tudo resolvido.
E a gramática? Ah, essa gramática universaliada. Fala que eu não te escuto.

Anônimo disse...

Não é anonimo....Sou eu Nicolau

marina aranha disse...

"Digo mais: Fernanda Young até que é legal."
E EU digo mais: Fernanda Young até que é MUITO legal!

Tamo de vorta na atividade! "Maranhaaa, tô precisando sambáááá". Vamo!
Beijo!

Anônimo disse...

E olha que é neta da D. Iolanda!

Anônimo disse...

ATUALIZA O BLOG!

SEUS TEXTOS FAZEM FALTA!

Estela Cauri Torres disse...

Fiquei uns tempos sem passar por aqui. E tô sentindo em mim a dor desta queimadura. E que história é essa de índio??? Me explica isso direitinho, por e-mail.
Beijos.

r.c. disse...

aaaahh.. e eu fui atacada por uma troglodita!