quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Aqui jaz uma quimera

A morte de um querido dói. É a ausência súbita, imposta, arbitrária e, normalmente, sem aviso prévio, daquele que, por algum motivo, tornou-se essencial. E perde-se a essência, perde-se a graça, perde-se o chão. Ficam a saudade e a dor eternas. Fica também uma grande frustração. Frustração pelos momentos que não mais poderão ser compartilhados, frustração pelos planos condenados a serem eternamente planos (ou talvez menos que isso). Frustração por não ter podido fazer absolutamente nada para evitar o pesadelo (nem mesmo ir no lugar do outro). A morte de um querido dói! Mas ela foge ao seu poder. E maior dor do que a dor da partida de um querido é a dor da morte daquilo em que se acreditava. E minha agonia agora é firmar-me como uma garota sem sonhos. Sem sonhos, com saudade, dor e frustrações. Na lápide: “Aqui jaz uma grande quimera”.

5 comentários:

Anônimo disse...

Oi... acho que esse seu texto ficou meio pra baixo, ou não entendemos nada para comentarmos... com a palavra... a colunista....bjsproce...

Anônimo disse...

Oi, não era pra sair anonimo...

Anônimo disse...

Ai amiga.. isso me cheira "você sabe quem".. não devemos esperar muito das pessoas.. e nós duas, diga-se de passagem, sabemos muuuuuuuito bem disso! Sai dessa, que eu tô viva aqui.. SUA ETEEEEEERRRRRNA BOLA DE PÊLOS!
Amo você.

João Solimeo disse...

A dor da morte no que se acreditava, de fato, é grande. Geralmente vem acompanhada de um choque, do tipo "não acredito que isso seja possível".
Com o tempo, duas coisas se aprende.
1- por um lado, é sempre bom descobrir que ainda se pode ficar chocado com alguma coisa. Eu levo uma pancada dessas de vez em quando, dói, mas é "educativo".

2- Crenças são mutáveis. Não é fácil, mas de vez em quando a gente descobre que aquilo em que se acreditou (ou se achava que acreditou) "a vida toda", não é bem assim.

ah, e tem uma terceira:
3 - eheheh...acho que isso diminui com o tempo, mas não para não. Vide ítem 1, quando vc acha que já é mestre do universo e nada mais te surpreende...hmmmm....lá vem bomba.

Beijo.
ps: onde é a Lanalândia? Aceitam encomenda? ;-)

Anônimo disse...

Melancólico, porém profundo e bonito (como toda melancolia)!

PS: Lanalândia é uma cidade na qual seu criador só poderia mandar uma pessoa para o complicado mundo. Decidiu por colocar, então, uma pessoa muito bem feita, que arrasaria em tudo que fizesse, que seria o espelho de muitas pessoas (já que a Lana, nascida na Lananlândia, seria única). Desde então, ela oferece, dentre muitas outras coisas, alegria e companheirismo a quem a conhece e tem o prazer de viver com sua companhia (mesmo que de longe)!!!
Amo vc minha bola de pêlos!!!